PORTUGAL É O QUINTO PAÍS EUROPEU NA VENDA DE ELÉTRICOS

De acordo com um estudo da Federação Europeia de Transporte e Ambiente, Portugal ocupa o quinto lugar na percentagem de automóveis elétricos nas vendas totais de veículos ligeiros de passageiros.

Durante os primeiros seis meses de 2020, cerca de 11% dos carros vendidos em Portugal foram elétricos, com os elétricos puros e os híbridos a registarem valores de vendas semelhantes – cerca de 6% do total de automóveis matriculados.

Noruega – o único país da Europa em que os elétricos representam mais de metade das vendas, com 68% de quota de mercado –, Suécia (26%), Finlândia (15%) e Holanda (13%) são os quatro países que superam Portugal nesta lista.

O relatório também traz boas notícias para Portugal em termos de emissões automóveis. O país ocupa a terceira posição a nível europeu, com as emissões médias de CO2 do total de automóveis vendidos nos primeiros seis meses do ano a situarem-se em 99 g/km. Apenas a Noruega (47 g/km) e França (98 g/km) registam valores mais baixos. Os veículos ligeiros de passageiros são responsáveis por cerca de 15% das emissões totais de dióxido de carbono de Portugal.

As regras europeias que entraram em vigor no início deste ano impõe que os automóveis novos vendidos na União Europeia não superem um limite máximo de 95 gCO2/km. 95% dos automóveis vendidos em 2020 têm de respeitar este limite; no próximo ano, nenhum veículo novo o poderá superar. Este nível de emissões corresponde a um consumo de cerca de 4,1 l/100 km num carro a gasolina, e 3,6 l/100 km num diesel.

Os fabricantes automóveis terão de cumprir este limite de 95 gCO2/km no total das vendas na UE, sob pena de serem multados pelo excesso. No entanto, a legislação comunitária prevê um conjunto de mecanismos de flexibilização, nomeadamente a aplicação diferenciada conforme o peso dos automóveis, super-créditos (em que os veículos com emissões de CO2 inferiores a 50 g/km têm uma ponderação maior no cálculo da média da frota vendida pelo fabricante), soluções tecnológicas que levem a uma redução do consumo não prevista nos testes de homologação, acordos de associação entre fabricantes, e derrogações e isenções para os pequenos construtores.

De acordo com relatório, o nível de emissões médias do total de veículos vendidos no primeiro semestre de 2020 situou-se entre 100 e 120 gCO2/km, na maioria dos países. Relativamente ao período homólogo, a média europeia desceu de 122 gCO2/km para 111 gCO2/km, o que corresponde à maior descida registada desde a criação, em 2008, dos primeiros regulamentos.

Esta redução no nível das emissões de automóveis novos deve-se ao grande aumento das vendas de elétricos na Europa, atingindo uma quota de mercado de 8%, mais do triplo do valor registado no primeiro semestre de 2019.

Em muitos países, a quota de mercado dos elétricos supera já os 10%, sendo de prever que, até ao final do ano, as vendas sejam impulsionadas pelos incentivos disponibilizados, a partir do verão, por vários governos nacionais, no quadro das medidas de recuperação pós-pandemia. De acordo com o estudo da Federação Europeia de Transporte e Ambiente, as vendas de carros elétricos na Europa deverão assim aumentar até aos 10% até ao final do ano (cerca de 1 milhão de veículos), e 15% em 2021 (cerca de 1,8 milhões).