STELLANTIS | “TEVE UM INÍCIO MUITO PROMISSOR” QUEM O DIZ É CARLOS TAVARES

O CEO português Carlos Tavares, que lidera o gigante automóvel resultante da fusão entre a Fiat-Chrysler e a Peugeot-Citroën, designado Stellantis, afirma que a nova empresa industrial “está totalmente focada em alcançar todas as sinergias prometidas”.

A criação da Stellantis, que resulta da fusão entre a FCA – Fiat Chrysler Automobiles e a PSA, que integra a Peugeot-Citroën, concretizada em 16 de janeiro de 2021, permite avançar perspetivas favoráveis relativamente aos resultados financeiros “provenientes do legado do portefólio da FCA e PSA para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2020”, diz o grupo liderado pelo gestor português Carlos Tavares, revelando números que “demonstram a solidez financeira da Stellantis, reunindo duas empresas fortes e saudáveis. A Stellantis teve um início muito promissor e está totalmente focada em alcançar todas as sinergias prometidas”, afirma o CEO da Stellantis.

Do lado itálo-americano, a FCA anuncia “fortes resultados no ano de 2020”, apesar dos impactos do Covid-19, anunciando um “EBIT Ajustado de 3.742 milhões de euros, com 4,3% de margem” e um “lucro líquido a breakeven, com Lucro Líquido Ajustado de 1.863 milhões de euros”. Adianta ainda que o “industrial free cash flow é positivo, de 624 milhões de euros”. Relativamente ao quarto trimestre de 2020, anuncia “resultados recorde” do grupo, “com EBIT Ajustado de 2.342 milhões de euros” e margem de 8,2%, Informa ainda que “todas as regiões” e a marca Maserati foram “lucrativas”, reportando um “forte ‘Industrial free cash flow’ de 3.856 milhões de euros”.

Do lado da PSA, o grupo refere que o ano de 2020 foi “altamente lucrativo”, apesar do Covid-19, “com margem operacional corrente da divisão automóvel de 7,1%”. Refere igualmente que a margem operacional corrente da divisão automóvel ascendeu a 3.377 milhões de euros, detalhando que no segundo semestre apresentou um “nível recorde” de 9,4% na margem operacional corrente da divisão automóvel. O resultado líquido imputável a este grupo é de 2.173 milhões de euros, apresentando 2.660 milhões de euros de “free cash flow” da divisão automóvel, com uma posição financeira líquida na divisão automóvel de 13.231 milhões de euros.

Entre as perspetivas para o sector em 2021, o grupo liderado por Carlos Tavares indica para a América do Norte um crescimento de +8%, para a América do Sul +20%, para a Europa +10 %, para a região do Médio Oriente & África +3%, para a região India & Ásia Pacífico +3% e para a China +5%. Como objetivo para 2021 fixa uma “Margem Operacional Corrente entre 5.5% e 7.5%”, sem considerar nenhum lockdown significativo relacionado com a Covid-19.

O calendário financeiro deste grupo automóvel inclui os resultados do 1º trimestre de 2021 – Vendas e Volumes de Negócios – a 5 de maio de 2021; os resultados do 1º semestre de 2021 – Resultados financeiros completos – a 3 de agosto de 2021; e os resultados do 3º trimestre de 2021 – Vendas e Volumes de Negócios – a 28 de outubro de 2021. No entanto explica que “estes resultados não representam os resultados consolidados da Stellantis N.V.”.

O grupo liderado por Carlos Tavares adianta que “o Acordo de Combinação, modificado em setembro de 2020, comtemplava uma potencial distribuição de 1.000 milhões de euros a todos os acionistas da Stellantis após a concretização da fusão”, explicando que o Conselho de Administração da Stellantis decidiu propor a “aprovação de uma distribuição de 0,32 euros por ação ordinária, correspondendo a uma distribuição total de aproximadamente 1.000 milhões de euros (aproximadamente 1.200 milhões de dólares convertidos à taxa de câmbio comunicada pelo Banco Central Europeu a 26 de fevereiro de 2021)”. “A distribuição estará sujeita à aprovação da AGM, que está agendada para dia 15 de abril de 2021”, detalha.

O grupo explica que o “Resultado Operacional Corrente (perda) exclui do Resultado Operacional (perda) ajustes que compreendem reestruturação, imparidades, depreciação de ativos, alienações de investimentos e receita operacional incomum (despesa) que são considerados eventos raros ou discretos e são infrequentes por natureza, visto que a inclusão de tais itens não é considerada um indicador do desempenho operacional contínuo do grupo”, informa, esclarecendo que “o objetivo operacional não reflete os impactos dos ajustes contabilísticos de compra ou mudanças nas políticas contabilísticas conforme exigido pelo IFRS em conexão com a fusão”.

Fonte: Jornal Económico

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