China pode parar produção mundial de automóveis

A indústria automóvel está dependente da liga de alumínio, sem a qual não se fazem carros. A China, que fornece 85% dessa liga, fechou a maioria das fábricas. Europa poderá ter falhas já em Novembro.

Ainda a crise dos semicondutores não tem fim à vista e já paira no ar outra ameaça: a falta de magnésio, matéria-prima sem a qual a produção mundial de automóveis corre o risco de parar, por dela depender a produção da liga de alumínio que é utilizada para os mais diferentes componentes de um veículo, dos painéis da carroçaria às estruturas monoblocos (basicamente, o chassi).

A informação é avançada pelo Financial Times, segundo o qual as reservas deste metal podem esgotar na Europa já em Novembro, o que significa que o fabrico de automóveis pode ser suspenso por tempo indeterminado. Pelo menos, até que a crise energética permita o retomar da normalidade.

Em declarações citadas pela referida agência, o analista da Barclays Amos Fletcher esclarece que “35% da procura de magnésio é para chaparia automóvel”, pelo que se o fornecimento de magnésio for interrompido, “potencialmente, toda a indústria automóvel será forçada a parar”.

O problema é que “não existe um substituto para o magnésio” na produção de liga de alumínio, em particular a que é utilizada no fabrico de diferentes componentes de um veículo, o que implica ser um material de elevada resistência. Acontece que 85% do fornecimento mundial está nas mãos da China que, a braços com a crise energética, optou por fechar fábricas.

Na cidade de Yulin, onde se concentram as instalações de fundição, 35 das 50 fábricas foram encerradas por decisão do Governo e assim deverão continuar até ao final do ano. Isto porque se tratam de complexos industriais altamente exigentes do ponto de vista energético. Daí que a justificação avançada para a paralisação da actividade se prenda com a necessidade de assegurar energia para o consumo doméstico, imperativo que levou a que as restantes 15 fábricas se vissem obrigadas a reduzir a produção para metade.

Neste quadro, motivado pela crise energética, a perspectiva é que o magnésio vai faltar dentro de muito pouco tempo. E sem este elemento essencial para a produção das ligas de alumínio, não há como fabricar componentes da suspensão, travões, painéis, depósitos de combustível, os blocos dos motores e… a lista continua.

Fonte: Observador

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