“Recall” da Mercedes por risco de incêndio abrange 800 mil carros. Em Portugal são 10 mil

"Recall" da Mercedes por risco de incêndio abrange 800 mil carros. Em Portugal são 10 mil

A Mercedes-Benz prepara-se para arrancar com uma chamada à oficina de 800 mil veículos em todo o mundo devido a um problema que pode originar um incêndio.

A Mercedes-Benz arranca este mês com uma chamada à oficina de 800 mil veículos em todo o mundo devido a um problema que pode resultar, em casos extremos, em incêndio, noticiou terça-feira o jornal alemão Bild. Em Portugal, conforme noticiou o Negócios, a situação abrange cerca de 10 mil carros.

Tal como a carta a um cliente a que o Negócios teve acesso, datada de meados de dezembro, também o jornal alemão publicou uma carta enviada a um proprietário de um dos veículos afetados, na Alemanha. Em causa está um problema detetado na bomba de refrigeração de alguns modelos.

Na carta enviada a um dos clientes, a que o Negócios teve acesso, a fabricante alemã detalha que “a bomba de refrigeração – controlada via vácuo – pode ter uma fuga entre o circuito de refrigeração e o circuito de vácuo do seu veículo”. A marca adverte que “em alguns casos, com o passar do tempo, pode haver o risco de incêndio devido a uma reação eletroquímica”.

Os modelos afetados pela anomalia são: GLE/GLS (167 platform), C-Class (205 platform), E-Class (213 platform), S[1]Class (222 platform), S-Class (223 platform), E-Class Coupe/Convertible (238 platform), GLC (253 platform), CLS (257 platform), G-Class (463 platform).

A Daimler, casa-mãe da Mercedes-Benz, não confirmou o número de veículos afetados a nível global avançado pelo Bild.

Falta de peças atrasa intervenção nos veículos

A carta ao cliente a que o Negócios teve acesso indica que “não é, ainda, possível realizar esta medida de serviço, uma vez que as peças necessárias ainda não estão disponíveis”. Também a missiva publicada pelo Bild faz a mesma referência.

Nesse sentido, a Mercedes referia ao cliente que não era possível agendar a intervenção, prometendo uma nova notificação quando “a medida for iniciada”.

A carta terminava sublinhando que, “para os veículos afetados por esta medida de serviço, recomenda-se especial prudência, limitando a sua utilização ao mínimo necessário”.

Fonte: Jornal de Negócios