“Portugal tem tudo para que 100% do parque automóvel seja elétrico”, defende CEO da Mercedes Portugal

“Portugal tem tudo para que 100% do parque automóvel seja elétrico”, defende CEO da Mercedes Portugal

Numa entrevista dada em exclusivo ao JE, Holger Marquardt garante que sempre teve o sonho de voltar a Portugal para trabalhar para a Mercedes e que este é um mercado muito específico. “Este país tem tudo: água, sol, vento e tudo depende de como vamos utilizar esses recursos naturais”, destaca.

O ano de 2022 será um período atípico na entrega de viaturas. Quem o garantiu foi Holger Marquardt, CEO Mercedes Portugal, em entrevista exclusiva ao “Jornal Económico” no âmbito da inauguração do Mercedes-Benz Oceanic Lounge, que teve lugar no início de junho na Doca de Santo Amaro, em Lisboa.

Este responsável, que foi nomeado CEO da Mercedes Portugal em novembro de 2020, destacou que a guerra na Ucrânia e o problema dos componentes, deverão influenciar esse atraso na entrega de viaturas Mercedes.

Nesta entrevista que deu em exclusivo ao JE, Holger Marquardt garante que sempre teve o sonho de voltar a Portugal para trabalhar para a Mercedes e que este é um mercado muito específico. “Este país tem tudo: água, sol, vento e tudo depende de como vamos utilizar esses recursos naturais”, destaca.

Foi nomeado em novembro de 2020. Como é que tem sido este desafio de liderar a Mercedes em Portugal?

Trabalhei em Portugal entre 1996 e 1999 (n. d. r.: já na Mercedes-Benz, ocupou várias funções nas áreas de vendas e controlling na Alemanha, Espanha, Portugal, Turquia e China) e tive sempre o sonho de voltar a Portugal e trabalhar para a Mercedes. Devido à pandemia, a chegada a Portugal não foi um processo simples mas como queria muito voltar a Portugal, encarei o desafio como uma boa oportunidade já que nos estamos a adaptar a este período pós-pandémico.

O mercado português coloca reptos interessantes a uma marca como a Mercedes?

Não existem muitos mercados onde possamos dizer que ocupamos a terceira posição (n. d. r.: em 2021, a Mercedes-Benz atingiu uma quota de mercado de 7,8% sendo a terceira marca mais comercializada com 11.383 automóveis vendidos) e isso é muito importante e mostra também o valor da nossa marca assim como o nível dos nossos veículos elétricos. Portugal tem tudo para que 100% do parque automóvel seja elétrico. Este país tem tudo: água, sol, vento e tudo depende de como vamos utilizar esses recursos naturais.

Que constrangimentos é que a Mercedes-Benz poderá ter de lidar devido ao contexto da guerra da Ucrânia e de todos os efeitos que daí advêm?

Este contexto que vivemos atualmente exige de nós uma enorme agilidade. Hoje existe um grande constrangimento ao nível da falta de componentes mas tal como acontece na Alemanha, será sempre necessário que se arranje uma forma de superar estes problemas. Este ano, estamos com 30% de mais procura relativamente às nossas viaturas mas infelizmente, não temos carros para entrega. Esperamos que no segundo semestre este cenário possa mudar. Não há mais capacidade de entrega de viaturas.

Fonte: Jornal Económico

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