Galp duplica pontos de carregamento no espaço de um ano

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A Galp duplicou o número de pontos de carregamento de veículos elétricos no espaço de um ano. Dos 2.000 registados no final de 2022, a energética espera fechar o ano com um total de 4.000 pontos. Depois desta etapa, o objetivo é atingir os 10 mil pontos em Portugal e Espanha em 2025. “Planeamos chegar ao final do ano com mais de 4.000 pontos de carregamento e a 2025 com 10.000 em Portugal e Espanha”, disse fonte oficial da Galp ao Jornal Económico (JE).

A energética espera fechar 2023 com mais dois mil pontos de carregamento face ao ano anterior.

Questionada sobre a percentagem de novos pontos em Portugal, a companhia limitou-se a dizer que “os resultados de 2022 e 2023 são sobretudo assentes no mercado nacional, mas o crescimento para o futuro – continuando a aposta em Portugal – é marcado por mais equilíbrio nas duas geografias”.

Os dados mais recentes apontam para um total de 3.400 pontos de carregamento no final de setembro, com a empresa a intitular-se “líder de mercado na mobilidade elétrica”. A Galp não revelou valores do investimento.

A empresa liderada por Filipe Silva adianta que nos primeiros nove meses do ano foram realizados 700 mil carregamentos na sua rede, mais 63% face a período homólogo, e que “um em cada cinco carregamentos é feito na mobilidade elétrica Galp”.

A gestora da rede pública Mobi.E divulgou recentemente um estudo a dar conta da necessidade de investimentos na ordem dos 1,5 mil milhões de euros até 2050 para instalar 76 mil novos postos de carregamento. A rede conta atualmente com mais de 7.100 pontos e prevê atingir mais de 9.000 até 2025.

Inquirida sobre o que é necessário para atingir estas metas, a empresa começa por sublinhar que “Portugal é um dos países europeus com mais pontos de carregamento por cada 50km, em termos agregados. Mas para acompanhar o crescimento do mercado de VE, as metas de descarbonização e as mais recentes diretivas europeias, há ainda trabalho a fazer”.

Neste sentido, destaca quatro eixos que considera ser “importantes”: (1) densificar a rede pública com carregadores mais potentes, rápidos e ultrarrápidos, o que permite ganhos de tempo para os clientes; (2) melhorar continuamente a interoperabilidade do sistema português, centrando-o nas necessidades do cliente; (3) reduzir os tempos de licenciamento para instalação de pontos de carregamento; (4) investimento de longo prazo nas redes para garantir resposta às necessidades crescentes”.

Em termos de tendência de carregamentos, a Galp salienta que assiste-se a uma tendência para “carregamento em casa e/ou no local de trabalho. Em todo o caso, a rede pública continua a desempenhar um papel importante para a confiança dos clientes. Para além da cobertura capilar que procuramos disponibilizar nas principais vias de circulação, estamos também presentes nas localizações de destination charging, como centros comerciais, hotéis, restaurantes, cadeias de retalho, etc”.

A rede de acesso público conta atualmente com mais de 4.000 postos de carregamento, mais de 7.100 pontos e mais de 8.700 tomadas, segundo os dados da Mobi.E. Até ao momento, este ano foram realizados quase três milhões de carregamentos, um crescimento de 50% face a período homólogo. A rede conta com mais de 143,5 mil utilizadores diferentes, com a energia consumida a disparar 66% este ano para mais de 48,4 mil.

No total, foram percorridos mais de 322 milhões de km por veículos carregados na rede Mobi.E, o equivalente ao consumo elétrico de mais de 22 mil casas num ano, com 14,5 milhões de litros de gasóleo não consumidos.

No âmbito desta ofensiva na mobilidade elétrica, na sexta-feira passada foram ligados os dois últimos pontos de carregamento elétrico ultra rápido do concurso de concessão (total de 42 pontos) lançado pela câmara municipal de Oeiras e que arrancou em 2021.

Num ponto de situação sobre o estado deste projeto, a Galp destaca que conta com a “mais elevada densidade de carregadores ultra rápidos (17) e rápidos (23) na rede pública”.

No total, foram realizador quase 4,9 milhões de minutos de carregamento, com 2 milhões de KWh de eletricidade carregada, 12,6 milhões de km de autonomia carregada, substituindo mais de 884 mil litros de combustível, evitando a emissão de mais de dois milhões de kg de CO2.

Texto original escrito pelo Jornal Econômico

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