Estudo revela que motores potentes tornam os veículos mais propensos a acidentes

Estudo revela que motores potentes tornam os veículos mais propensos a acidentes

Geralmente, os novos condutores são aconselhados a adquirir carros baratos com motores pequenos para ganharem experiência na estrada e evitarem acidentes. Porém, os veículos potentes têm sistemas de travagem mais avançados e melhor manobrabilidade, o que os torna mais fáceis de conduzir.

A carVertical, empresa de dados do ramo automóvel, realizou uma investigação com base na análise do historial de automóveis usados para descobrir se existe correlação entre a potência do motor e as taxas de acidentes.

Correlação direta entre a potência do motor e os estragos sofridos

A investigação da carVertical examinou relatórios históricos de 43 marcas de automóveis. Em todas as marcas, os veículos com motores mais potentes eram mais propensos a acidentes.

Cerca de 46,4 % dos veículos Audi verificados na carVertical com potência do motor de até 100 kW tinham registos de danos, enquanto a taxa de danos entre os modelos com mais de 400 kW era mais elevada – 55,6 %.

Foram observadas tendências semelhantes nos automóveis Volkswagen, em que 42,6 % dos modelos até 100 kW tinham sofrido danos, em comparação com 48,9 % dos modelos com motores de 300–400 kW.

Dos veículos Ford com motores até 100 kW, 45 % tinham registo de danos. O valor em motores de mais de 400 kW era de 55 %.

Um em cada três veículos Renault (36,3 %) com motores menos potentes tinha sofrido um acidente ligeiro ou grave. O número de danos era mais elevado nos veículos com 200–300 kW de potência – 39,7 %.

A Toyota é uma das marcas com taxas de danos pouco oscilantes: 36 % de veículos danificados com motores até 100 kW e 39,5 % com 200–300 kW. No entanto, a Toyota, tal como outras marcas de veículos, não tem motores superiores a 400 kW (o que poderia originar taxas de danos mais elevadas). O mesmo se aplica à Citroën: 37,1 % de veículos danificados com motores menos potentes e 38,2 % com motores de 100–200 kW.

Registaram-se danos em 33,4 % dos veículos Peugeot até 100 kW e em 41,3 % com motores de 300–400 kW.

A BMW destacou-se entre todas as marcas de veículos analisadas no estudo: 60,3 % dos automóveis com motores até 100 kW já tinham sofrido estragos, contra uns impressionantes 68,6 % dos veículos com mais de 400 kW de potência.

“Embora todos os veículos devam cumprir as regras de trânsito, parece que os condutores de veículos mais potentes ignoram os limites de velocidade e correm mais riscos. Não existe uma única marca em que os veículos menos potentes sejam mais propensos a acidentes”, afirma Matas Buzelis, especialista do setor automóvel e Diretor de Comunicação da carVertical.

Alguns veículos são até 7 vezes mais potentes do que outros

De todas as marcas de veículos verificadas na carVertical, a Bentley teve a potência média de motor mais elevada – 415 kW ou 564 cv. O fabricante de automóveis de luxo é seguido pela Maserati (268 kW/364 cv), Cadillac (264 kW/359 cv), Tesla (263 kW/358 cv), e Porsche (257 kW/349 cv).

Embora a investigação tenha demonstrado que os compradores de veículos usados preferem verificar o historial de automóveis mais potentes, os automóveis pequenos, com motores menos potentes, também são bastante inspecionados na carVertical.

A potência média de motor mais reduzida foi detetada entre os veículos smart – 59 kW ou 80 cv. A Dacia (72 kW/98 cv), a Lancia (77 kW/105 cv), a Fiat (83 kW/113 cv), e a Suzuki (87 kW/118 cv) não ficaram muito longe.

De acordo com Buzelis, o registo de acidentes graves pode ser um sinal de alerta para os compradores. Por isso, é importante consultar um mecânico profissional e saber se os danos sofridos pelo veículo podem afetar a sua utilização a longo prazo.

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