O Standvirtual realizou um webinar para apresentar o barómetro do mercado automóvel, em parceria com a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). O evento online contou com o contributo de Luís Barroso (Presidente da MOBI.E) e Pedro Galvão (CEO i-lectric city), além de Maria Neffe (Dep. Económico Estatístico da ACAP), Daniel Rocha (Diretor de Estudos e Planeamento do Standvirtual), Bernardo Gusmão (Field Sales Team Leader Standvirtual) e Nuno Castel-Branco (Diretor Geral do Standvirtual). O webinar teve como principal objetivo divulgar os números mais dinâmicos verificados em julho e discutir o tema da mobilidade elétrica e micro mobilidade.
Sobre a rede pública de carregamentos em Portugal, em comparação aos outros países da União Europeia, Luís Barroso, CEO da MOBI.E explica que “assim como conseguimos utilizar qualquer caixa multibanco, também o modelo MOBI.E permite que um utilizador de um veículo elétrico consiga carregar o seu carro em qualquer posto de carregamento. Em Portugal temos esta realidade desde o início, no entanto lá fora não acontece o mesmo. As dificuldades são bastante grandes porque não há informação concentrada sobre onde existem postos de carregamento e, para carregarem os seus carros, necessitam de fazer vários contratos. É esta a diferença que estamos a falar. A MOBI.E está responsável pela integração de todas as redes dos operadores de pontos de carregamento”.
Sobre os apoios e os incentivos por parte do estado na micromobilidade, Pedro Galvão, CEO i-lectric city, afirma que “na micromobilidade elétrica, uma trotinete, uma bicicleta, uma scooter ou um microcarro têm sempre o mesmo enquadramento, de um teto máximo de 500 euros de apoio. Tendencialmente este tipo de incentivos, pelo menos nos veículos ligeiros, vão desaparecendo. No entanto, em relação à micromobilidade penso que existe um grande caminho a percorrer e que este tipo de incentivos se deva manter durante algum tempo, até porque ainda é um mercado muito embrionário, ainda existe a situação da consciencialização e estes incentivos são um fator decisivo na compra destes veículos”.
A importação continua a bater recordes já em julho, face aos anos anteriores, o que também contribui para o aumento da oferta, que cresce +16% em relação ao período homólogo. A procura aumentou +3% em julho, face ao ano 2022.
- Julho revela uma dinâmica de mercado de -15% comparativamente ao período homólogo de 2022, com a oferta a demonstrar o segundo maior crescimento do ano (+16%). Já a procura revela-se, pela segunda vez, positiva em 2023 (+3%), face ao ano passado. A dinâmica de mercado é negativa, sobretudo, nos carros acima de 30 mil euros (-28%).
- Ainda em junho de 2023, a transferência de propriedade de ligeiros de passageiros teve um crescimento de +5,2%, face ao mês homólogo de 2022. Regista ainda um crescimento +7,7% em comparação com julho de 2019, uma das poucas vezes que ultrapassou valores pré-pandemia.
- No que diz respeito aos veículos importados (ligeiros de passageiros), há um crescimento de +19,2% em julho, face ao mesmo mês de 2019, e de +5,7% face a 2022.
- O preço médio praticado pelos vendedores profissionais aumenta ligeiramente, após ter estado estabilizado desde novembro do ano passado, fixando-se em cerca de 24.000€. Esta evolução representa, um aumento de cerca de +23% do preço face a julho de 2021, quando o valor médio se fixava em 19.500€. Em relação a 2022 (22.500€), o preço médio aumenta +7%.
- De acordo com os dados fornecidos pela BCA, relativos aos leilões, os preços mantêm-se estáveis no comércio e no retalho em junho, uma tendência que já se verifica desde o início do ano.
- Segundo dados da ACAP, em julho verifica-se um aumento de +9,9% no total do mercado automóvel face ao mesmo mês de 2022. No acumulado do ano 2023, há um crescimento de +35,8%. As energias alternativas (veículos eletrificados e híbridos GPL) representaram cerca de 53% do mercado total de ligeiros em julho de 2023.
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