BRUXELAS PONDERA DUPLICAR APOIO DOS PAÍSES PARA COMPRAR CARROS ELÉTRICOS

Segundo o ECO, com as vendas de automóveis em forte queda um pouco por toda a Europa, Bruxelas quer dar uma ajuda. Poderá vir a subsidiar diretamente a compra de veículos elétricos.

Todos os setores estão a sentir os efeitos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, mas o automóvel está certamente entre os mais castigados. As vendas de automóveis afundaram de um momento para o outro, com os cidadãos europeus em confinamento, mas mesmo com a reabertura da economia, a forte recessão mantém o pé no travão das vendas de veículos novos no Velho Continente. Bruxelas poderá vir a dar uma ajuda, subsidiando a compra de veículos, mas apenas os “amigos do ambiente”.

Uma das ideias em discussão, passa por pôr a União Europeia (UE) a igualar o valor dos “cheques” que os diferentes estados-membros atribuem a particulares e empresas na hora de comprarem veículos elétricos. Seria, no entendimento dos responsáveis europeus, uma forma de ajudar a puxar pelas vendas, aliviando a pressão sobre uma indústria responsável por milhares de postos de trabalho, ao mesmo tempo que fomentava a transição energética.

Esta ideia, que ainda não passa disso mesmo, levaria a que, por exemplo, em Portugal os “cheques” do Fundo Ambiental pudessem ser bem mais atrativos para quem pretende comprar um automóvel elétrico. Atualmente, com a dotação de quatro milhões de euros, o apoio ascende a 3.000 euros para 700 veículos no caso dos particulares, sendo de 2.000 euros para 300 automóveis no caso das empresas (que podem pedir até quatro apoios). O apoio máximo poderia ascender a 6.000 euros com esta medida em estudo em Bruxelas.

Estes apoios têm permitido que na generalidade dos países as vendas de elétricos escapem ao colapso registado tanto nos automóveis a gasolina como a gasóleo. De acordo com os dados mais recentes da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, na primeira metade deste ano, as vendas de veículos na UE afundaram 38%, mas as de carros elétricos têm-se mantido estáveis, com o seu peso no mix de vendas a duplicar face ao ano passado: os elétricos representam já 8% do total dos carros vendidos no mercado europeu.