João Jervell, CEO da Nors Aftermarket Portugal, em entrevista a Supply Chain Magazine explicou os motivos por trás desta decisão estratégica de restruturar o negócio.
A Civiparts, empresa integrante do Grupo Nors, está a completar 40 anos de atividade e, já com alguma experiência no setor das peças aftermarket, decidiu restruturar o negócio de forma a otimizar processos logísticos, gerar mais eficiência operacional e aumentar a satisfação do cliente.
Fundada em 1982, na Bobadela, em Lisboa, a Civiparts é uma empresa especializada na distribuição aftermarket de peças para veículos pesados e autocarros. Faz parte do Grupo Nors, e está inserida num segmento de negócio específico: a Nors Aftermarket que se concentra na distribuição e retalho de peças multimarca para automóveis, camiões e autocarros.
Portugal e Angola são os mercados onde está presente e, até há pouco tempo, também em Espanha, mas esta operação foi alienada em 2021, “pois percebemos que o negócio tinha variáveis que dificilmente se iam alterar e que impediam o crescimento de players como a Civiparts”, afirma João Jervell. Em Portugal, a empresa acabou por fechar algumas das lojas que tinha distribuídas pelo país, com o objetivo de criar uma operação mais forte, nomeadamente através da criação de “armazéns centrais mais robustos”, e reforçar “a capacidade de entrega”.
Atualmente, a Civiparts tem um armazém em Lisboa, de 4.600 metros quadrados, e um no Porto de 5.847 metros quadrados. “Temos observado as tendências de mercado e acreditamos que o modelo que vingará no futuro se baseia em dois pilares fundamentais: capacidade de stock, e disponibilidade e qualidade de serviço”, indica o CEO, acrescentando que, através desta reestruturação, o nível logístico, atualmente, já é superior ao que tinham anteriormente. “Provámos que, pelo facto de uma peça estar numa loja próxima, não significa que o cliente a receba mais rapidamente”, assegura.
Desde o dia 4 de abril que foi criada uma única estrutura que providencia suporte a todas as áreas de aftermarket do grupo. No que diz respeito às peças de veículos ligeiros e pesados, o negócio passou a ser gerido apenas por uma única entidade: a NewOneDrive, que agrega a Civiparts, a ASParts e a OneDrive. No fundo porque não fazia sentido ter duplicação de stocks, de gestão de produto, que são operações muito semelhantes em todo o grupo.
Para o Grupo Nors, a otimização da cadeia logística é fundamental, pelo que, nos últimos anos têm vindo a ser feitos investimentos nesta área do negócio, nomeadamente em digitalização. Atualmente, a empresa tem não só total visibilidade sobre o produto desde o momento em que sai da fábrica até chegar ao cliente final, como também consegue fazer esta tarefa de forma mais rápida. De momento, o sistema logístico da Civiparts assegura duas entradas diárias a nível nacional. Nos armazéns foi também feito um investimento em sistemas de informação, nomeadamente a implementação de SAP s/4HANA. “Tendo em conta que trabalhamos com milhares de SKUS ativos com stock, os sistemas de informação são cruciais para um desempenho alinhado com a exigência que este tipo de negócio exige”, explica João Jervell à SCM a propósito da importância deste investimento.
Texto original escrito pela revista Supply Chain Magazine
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