Segundo o Semanário Expresso o sector cresce na frente externa pelo quinto mês consecutivo e dá sinais de “resistir melhor” do que o conjunto dos parceiros europeus
As exportações de componentes automóveis estão a acelerar há cinco meses consecutivos, depois de fecharem novembro nos €940 milhões, o que representa uma subida mensal homóloga de 6,4%. Mas apesar da melhoria, “é importante referir que este acréscimo ainda não compensou a queda do acumulado do ano”, sublinha a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.
O acumulado até novembro ficou-se nos 7,9 mil milhões de euros, 12% abaixo de 2019, o que significa que entre janeiro e novembro de 2020 as vendas ao exterior caíram 1,1 mil milhões de euros comparativamente ao exercício anterior.
Por geografias, Espanha mantém-se na liderança com vendas no valor de 2.379 milhões de euros (-1,0%), seguida da Alemanha (1.688 milhões de euros e -12,0%), França (950 milhões de euros e -25,1%) e, finalmente, o Reino Unido (543 milhões de euros e -31,0%).
“Ainda que o meio envolvente se apresente adverso as exportações portuguesas têm resistido melhor face à queda da produção automóvel na Europa, que é duas vezes superior. A produção automóvel na Europa caiu 30%, enquanto que a exportações de componentes automóveis portuguesas caiu 12%, quando em março de 2020 se estimava uma queda de 30%. Este facto demonstra bem o nível de competitividade e resiliência que este setor apresenta em Portugal”, destaca a direção da AFIA numa reação aos números divulgados na passada sexta-feira pelo INE.
O sector mantém, no entanto, a tónica no “clima de imprevisibilidade no mercado, devido às medidas de contenção do COVID-19 que os países europeus estão a ser obrigados a tomar”.