A Stellantis apresentou, no evento EV Day 2021, a sua estratégia de eletrificação para os próximos anos.
O recém-criado grupo reforça a aposta nas zero emissões com um plano de investimento de 30 mil milhões de euros em quatro anos.
Carlos Tavares, CEO da Stellantis, foi claro: “o nosso compromisso com este plano (…) é o de oferecer veículos icónicos com o desempenho, a capacidade, o estilo, o conforto e a autonomia elétrica que se encaixem perfeitamente no seu quotidiano”.
Assim, da nova estratégia da Stellantis, destacam-se os seguintes objetivos:
- Até 2030, 70% das vendas da Europa e mais de 40% nos EUA serão de veículos de baixas emissões (LEV)
- Criação de quatro plataformas flexíveis BEV-by-design, família escalável de três módulos elétricos e baterias padronizadas para que sejam abrangidas todas as marcas e segmentos do grupo
- Estratégia global de fornecimento de baterias com mais de 260 GWh até 2030
- Tecnologia de baterias de estado sólido integrada em 2026
- Duas soluções químicas de baterias até 2024: uma de elevada densidade energética e outra sem níquel nem cobalto
Uma empresa focada no cliente
Cada marca do grupo tem para si proposta a tarefa de garantir autonomias e recargas rápidas nos seus próximos veículos – isto garantirá a aceitação generalizada dos BEV por parte dos consumidores.
Assim, a marca promete lançar um conjunto de veículos elétricos (VE) com autonomias entre os 500 e os 800 km e carregadores internos capazes de assegurar 32 km por minuto.
E as frotas não foram esquecidas
Para os clientes empresariais (e também individuais), a Stellantis está a preparar um conjunto de soluções que visam, primeiramente, simplificar a utilização de VE.
Haverá ofertas de carregamento inteligente – que utilizarão fontes de energia verde – resultantes das parcerias que a Stellantis mantém.
A Stellantis vai ainda apoiar o desenvolvimento de redes de carregamento rápido em toda a Europa, fruto de um memorando de entendimento assinado entre a Free2Move eSolutions e a Engie EPS.
30 mil milhões de euros até 2025
Até 2026, o grupo liderado por Carlos Tavares planeia alcançar, de forma sustentável, uma margem operacional corrente de dois dígitos.
“Contamos com a escala, as competências, o espírito e a sustentabilidade para alcançar margens operacionais de dois dígitos, para liderar a indústria com eficiências de referência e entregar veículos eletrificados que inflamam as paixões”, quem o afirma é Carlos Tavares.
Mas os objetivos não se ficam por aqui.
O grupo, que nasceu há seis meses, quer ser referência na oferta de mobilidade e eletrificação está em cima da mesa, ou não fosse a ambição de, até 2030, o mix de LEV da Stellantis para ligeiros de passageiros ter o objetivo de crescer para mais de 70% na Europa.
Mas como é que a Stellantis vai lá chegar?
A Stellantis vai criar um conjunto de investimentos na eletrificação e desenvolvimento de software.
Dos 30 mil milhões de euros gastos até 2025, parte será alocada a capital em joint ventures tecnológicas, que vão desde operações de e-powertrain e e-transmission até à química inerente à produção de pilhas de baterias, passando pela construção de cockpits digitais e serviços conectados.
Acresce também a estratégia de fornecimento de baterias da empresa, que pretende garantir mais de 130 gigawatts/hora (GWh) de capacidade até 2025 e mais de 260 GWh até 2030.
A oferta será garantida por cinco gigafactories situadas na Europa e América do Norte e que serão complementadas com contratos de fornecimento adicionais e parcerias.
E não é só de investimento que vive a estratégia da Stellantis
Também na reparação, regabrico e utilização em segunda vida e reciclagem das baterias, o que garantirá, diz a empresa, um sistema sustentável capaz de responder às preocupações ambientais.
Os custos das baterias também serão diminuídos. Os custos com os packs de baterias para VE serão reduzidos em mais de 40% nos próximos quatros anos e em 20% adicionais até 2030.
Investimento em tecnologia
Vão nascer quatro plataformas BEV dedicadas a todos os veículos eletrificados das marcas Stellantis.
Projetadas com um nível de flexibilidade (comprimento e largura) e partilha de componentes, estas plataformas vão proporcionar economias de escala – cada uma destas plataformas vai suportar uma produção máxima de dois milhões de unidades/ano.
Estão assim previstas as seguintes plataformas:
- STLA Small: autonomia máxima de 500 km
- STLA Medium: autonomia máxima de 700 km
- STLA Large: autonomia máxima de 800 km
- STLA Frame: autonomia máxima de 800 km
A propulsão destas plataformas será assegurada por um conjunto de três módulos elétricos (EDM) que combinam motor, caixa de velocidades e inversor.
Cada um destes EDM, compacto e flexível, pode ser dimensionado e configurado para tração traseira, dianteira, integral e 4xe.
Quanto às baterias, que serão adaptadas para diferentes veículos, a gama será composta desde propostas mais pequenas até packs mais densos.
E para assegurar o prolongamento da vida das plataformas, a Stellantis compromete-se a desenvolver um programa de atualizações de hardware e também de software em modo over-the-air.
Os controlos e software serão desenvolvidos internamente pela Stellantis por forma, garante a empresa, a manter as características únicas de cada marca neste novo desafio de eletrificação.
Fonte: Fleet Magazine
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