Depois de seis meses a subir, em fevereiro, as exportações de componentes automóveis voltam a cair pela segunda vez consecutiva, desta feita, uma queda de 5,2%. 2021 não começou bem para o setor.
A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) deu conta de mais uma descida das exportações, na ordem dos 5,2%, no mês de fevereiro, em relação ao mesmo período de 2020. Este é o segundo mês consecutivo em que se registam quedas nas vendas ao exterior, depois de seis meses de subidas.
No acumulado do ano, as exportações caíram 7,6% face a 2020, deslizando para os 1700 milhões de euros.
De janeiro a fevereiro de 2021 e quando comparados com 2020, Espanha mantém-se na liderança com vendas no valor de 518 milhões de euros (-5,2%). A seguir surge a Alemanha com 328 milhões de euros (-4,5%), a França com 211 milhões de euros (-11,2%), e, finalmente, o Reino Unido com 83 milhões de euros (-46,2%). Na totalidade, estes países representam 68% do total das exportações portuguesas de componentes automóveis.
“Entre os fatores que influenciaram negativamente o comportamento das exportações destaca-se a escassez de semicondutores que está a afetar a atividade dos construtores de automóveis, e que levou algumas fábricas de construção automóvel na Europa a atrasar, ou até mesmo a parar, temporariamente, por falta chips afetando assim, a indústria portuguesa de componentes devido às paragens na produção dos seus clientes. O Brexit (exportações para o Reino Unido caíram quase 50%) e as medidas que os países europeus tomaram para mitigar a propagação dos contágios provocados pela covid-19, nomeadamente o confinamento e o encerramento dos stands de vendas e automóveis, são também algumas das variáveis que levaram a estes resultados”, explica a AFIA.
As exportações de componentes automóveis continuam, ainda assim, a mostrar sinais de resiliência, com uma queda de 7,6% no acumulado do ano, em comparação com o mercado automóvel na Europa, que desceu 23,1%.
De acordo com a Associação dos Construtores Automóveis Europeus (ACEA), entre janeiro e fevereiro, as vendas de automóveis novos na Europa caíram 23,1%.
Fonte: Motor24
#covid19 #anecrarevista #acea #anecra #afia #associçãodefabricantesparaaindústriaautomóvel