No mercado B2C de veículos usados online de Outubro, registou-se uma redução progressiva na quota de mercado dos veículos a diesel, com os outros tipos de propulsão a ganharem terreno nas vendas perdidas pelo diesel.
Centrando-nos nas vendas online B2C de automóveis de passageiros usados, vemos a quota de mercado do gasóleo cair de 56,22% de todo o mercado online B2C, para 53,11% do mercado automóvel, enquanto a quota da gasolina sobe para 31,23%. A batalha entre as outras motorizações é tão heterogénea como na maior parte da Europa. No caso do mercado português, os MHEV são os menos favorecidos, ocupando apenas 3,02% das vendas de automóveis usados, em comparação com os PHEV/HEV com 6,09% e os BEV com 6,54%.
Analisando o mercado de automóveis de passageiros usados até quatro anos de idade, vemos que a gasolina se tornou a motorização mais vendida, representando 39,65% das vendas, enquanto o gasóleo desce para o segundo lugar, com 34,57%. Os BEVs começam a aumentar a sua popularidade com 10,88% do mercado e a alargar a diferença para os PHEV/HEV com 9,11%, com os MHEVs ainda a lutar com uma quota de 5,79%.
É provável que os BEVs se tornem o segundo grupo motopropulsor mais vendido com base no mercado de passageiros com menos de dois anos de idade, onde representaram 13,79% do mercado de Outubro e se aproximaram do gasóleo com 19,93%. O PHEV/HEV apenas obteve 9,22% das vendas nesta faixa etária jovem, com o MHEV a ter um melhor desempenho do que nas faixas etárias mais velhas, com a sua quota a atingir 9,22%.
O nosso índice de preços de venda a retalho de automóveis usados online B2C baseia-se num conjunto consistente de automóveis indexados em relação a Janeiro de 2022 e, de um modo geral, assiste-se a uma curva descendente dos preços médios impulsionada pelo ciclo de vida do produto. Os preços médios no início de Novembro desceram 0,4 pontos percentuais, deixando-os 2,8pp acima dos de Janeiro de 2022.
Os preços dos automóveis usados a gasolina continuam a ter um desempenho superior ao dos outros grupos motopropulsores, excepto no caso dos MHEV, em que o menor volume ainda gera alguma volatilidade nos preços do mercado. O que pode surpreender alguns é a descida contínua dos preços dos BEVs, dada a melhoria do desempenho das vendas. A questão é multifacetada, com elevados níveis de stock de BEVs dos fabricantes ainda à espera de serem vendidos aos retalhistas e com a oferta a exceder a procura em toda a Europa, com apenas algumas excepções notáveis, como a Dinamarca.
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