O mais recente relatório do Observatório INDICATA dá conta que, em março de 2021, as vendas de veículos usados, em Portugal, subiram 33,4% comparativamente ao mês anterior.
Parece haver, de facto, luz ao fundo do túnel no que ao negócio de automóveis usados diz respeito. Se não, vejamos. “Em março de 2021, na Europa, o volume de vendas de veículos usados disparou 24,4% em relação a fevereiro de 2021. Aumentou 49,1% em termos homólogos e 5,4% no acumulado deste ano. Áustria e Itália encontravam-se entre os primeiros atingidos pela pandemia, mas, agora, assistem à mais forte recuperação nas vendas”, começa por revelar o Observatório INDICATA.
“Todas as motorizações assistem a um crescimento nas vendas mensais de usados de dois dígitos, com os híbridos a crescer 40%, superando todas as outras motorizações. A rotação de stock dos BEV (4,1x), faz destes a motorização com vendas mais lentas, enquanto o Diesel (7,4x) continua a ser o que se vende mais rápido”, pode ler-se no mesmo documento.
De acordo com o Observatório INDICATA, “o stock total de usados que vai para abril de 2021 é 1,7% mais baixo (ano após ano) para os mercados de condução à esquerda. Tal como os números da covid-19, os níveis de stocks variam muito de país para país, uma vez que alguns mercados apresentam excesso de stock, enquanto outros estão fortemente limitados. Tal facto está a criar oportunidades para o comércio transfronteiriço”.
Bons ventos sopram em Portugal
O mercado online português de veículos usados, em março de 2021, subiu 76,8% comparativamente a março de 2020, mas este viu o primeiro impacto da covid-19 e as restrições que o acompanham. “Pelo que revimos a nossa tabela para mostrar como as vendas e o stock melhoraram em março de 2021 face a fevereiro de 2021”, refere o comunicado.
Afirmando que “março de 2021 continua a destacar o crescimento das vendas de usados online, que aumentaram 33,4% em relação a fevereiro, após descida mensal de 13,4% em fevereiro e uma queda de 6,4% em janeiro em relação a dezembro de 2020. Embora as vendas em todas as idades tenham assistido a um crescimento saudável em termos mensais, o aumento de 59% nos automóveis usados mais recentes (<1 ano) indica um aumento dos registos táticos apoiados pelos fabricantes, tal como na maioria dos mercados”.
Segundo o Observatório INDICATA, “vale a pena notar que todas as motorizações registaram um forte crescimento em termos mensais, mas os veículos usados a gasolina continuam a vender-se mais rápido, com a rotação de stock a 4,8x, um aumento de 39% face ao mês anterior. Em contrapartida, os BEV parecem ainda apresentar uma oferta desafogada, com o stock a vender-se muito lentamente, com uma rotação de apenas 2,5x”.
O extenso documento dá ainda conta que “apesar de os veículos usados a gasolina normalmente venderem-se mais rápido do que os usados a gasóleo, o veículo usado até aos quatro anos que se vendeu mais rápido em março foi o Opel Zafira Diesel (11,6x), seguido do Dacia Duster (10,4x) e do Fiat 124 (9,0x)”.
A concluir, o comunicado refere: “O nosso índice de preços baseia-se num conjunto consistente de veículos, pelo que, em circunstâncias normais, esperaríamos um ciclo de vida impulsionado por um movimento constante de descida dos preços médios à medida que o ano avança. Embora os retalhistas se tenham mantido firmes nos preços devido a restrições históricas de fornecimento, estão, agora, a começar a marcar o preço em linha com a depreciação natural esperada”.
O relatório completo pode ser consultado aqui.
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