De acordo com o mais recente relatório do Observatório INDICATA, que pertence ao Grupo Autorola, no passado mês de julho o mercado de automóveis usados registou um crescimento de 25% em Portugal comparativamente ao período homólogo do ano passado.
O mercado português apresenta uma das taxas de crescimento mais fortes da Europa no que aos automóveis usados diz respeito. É, de resto, esta uma das principais conclusões do 7.° relatório do Observatório INDICATA, que dá conta de um aumento de 25% no passado mês de julho (ainda que, em junho, a subida tenha sido mais acentuada: 36%).
Mesmo tendo os níveis de stock caído 7%, Portugal é, apesar de tudo, um dos mercados europeus onde a limitação do lado da oferta é menos pronunciada. Ao mesmo tempo, o forte crescimento das vendas de automóveis mais recentes também apoia a proliferação das motorizações mais “amigas do ambiente” em comparação com o Diesel (embora, neste particular, haja uma subida, ao contrário do que acontece em outros países da UE).
Os segmentos dos automóveis de luxo, SUV e desportivos são os que se apresentam mais robustos. Ainda que se observe uma ligeira recuperação do lado da oferta (1% em relação ao mês passado), os preços de retalho continuam a não responder em alta, como se verifica noutros países da Europa.
Já em termos globais, o crescimento em julho deste ano foi de 12,5% comparativamente a igual mês do ano passado (em junho, a subida havia sido de 13,2%), pelo que pode concluir-se que a recuperação do mercado de usados europeu continua.
A preferência por motorizações “mais amigas do ambiente” prossegue, com os veículos a gasolina, elétricos e eletrificados a evidenciarem as maiores taxas de crescimento. A nível global, a maioria dos países manteve-se estável na sua progressão positiva, com Espanha a ocupar, agora, o segundo lugar, apesar do recente aumento das infeções provocadas pela Covid-19.
O desequilíbrio entre a oferta e a procura persiste, com o volume total do stock dos retalhistas a descer 14% face a abril deste. Nomeadamente, as existências na Áustria, Holanda e Suécia, que se agravaram em 3%, 4% e 9%, respetivamente. Em França, os números foram revistos devido a algumas questões de limpeza de dados, constatando-se, também, uma ligeira progressão, ainda que marginal.
O relatório completo pode ser consultado aqui