Segundo o Jornal de Negócios as vendas de automóveis de passageiros recuaram 24% em janeiro na UE, pressionadas pelos confinamentos e restrições em numerosos países. Portugal, com uma queda de 30,5%, foi o nono país com pior desempenho.
As matrículas de automóveis ligeiros de passageiros na União Europeia (UE) sofreram uma queda de 24% no primeiro mês deste ano face a janeiro de 2020, indica esta quarta-feira a Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA). Portugal, com uma descida de 30,5%, registou a nona quebra mais acentuada.
Em três países as vendas caíram para menos de metade face aos valores de um ano atrás. As maiores quedas registaram-se na Roménia (-51,9%), Espanha (-51,5%) e Eslováquia (-50,6%).
O destaque vai para Espanha, um dos cinco maiores mercados automóveis da UE.
Ainda com uma queda acima da média europeia de 24% encontram-se alguns países com forte peso, com a Alemanha, o maior mercado da UE, à cabeça. No mercado germânico a quebra nas vendas cifrou-se em 31,1%, a oitava maior descida entre os 27 Estados-membros.
Além destes quatro países, os decréscimos nas vendas foram mais pronunciados do que em Portugal na Lituânia (-45,6%), Dinamarca (-45,1%), Áustria (-38,4%) e Letónia (-33,4%).
A Suécia destoou ao apresentar um crescimento robusto nas vendas. O país escandinavo viu as vendas aumentarem 22,5%.
Entre os países onde as vendas menos recuaram destaca-se França, o segundo maior mercado europeu, com um recuo de 5,8%.
Fora da União Europeia, a Noruega imitou a Suécia e apresentou uma subida de 7,7% nas vendas, enquanto a Islândia e a Suíça registaram quebras de 19,3% e de 19,5%, respetivamente.
O Reino Unido, sob fortes restrições devido à pandemia, sofreu um recuo de 39,5% nas vendas.
Volvo subiu vendas e BMW e Daimler foram os fabricantes menos castigados
Os grupos BMW, que inclui as marcas BMW e Mini, e Daimler, que inclui a Mercedes-Benz e Smart, registaram as quedas mais ligeiras, com as vendas a descerem 14,2% em ambos os casos. Mas a “estrela” de janeiro foi a Volvo, com uma subida de 9,4% nas vendas.
A nova “gigante” Stellantis, resultante da fusão entre a PSA e a Fiat Chrysler, sofreu uma quebra de 26,1%, ligeiramente inferior à descida de 26,8% do grupo Volkswagen, o líder do mercado europeu.
O grupo Renault viu as vendas encolherem 21,6%, enquanto o grupo Hyundai (Hyundai e Kia) baixou o número de veículos matriculados em 23,4%.
Mitsubishi e Honda foram os fabricantes com quedas mais pesadas: de 63% e de 50%, respetivamente.